Pesquisa da subnotificação dos casos de Malaria

A problemática da Malaria continua exercendo um papel deletério no estado de saúde das comunidades em vários pontos do pais. O seu controlo sistemático exige dos provedores de saúde esforços redobrados na identificação de melhores estratégias de acção que variam de região para região, que muitas das vezes tem  o denominador comúm.

O conhecimento dos factores que influenciam na distribuição (https://medicinanuva.blogspot.com/2014/12/factores-que-influenciam-na.html), os factores de risco e a conscientização das comunidades  a adotar hábitos saudáveis constituem os principais desafios da actualidade no sector saúde.

A distribuição da rede sanitária; a falta de confiança dos pacientes para com os profissionais de saúde; a concepção de a malaria ser una doença “normal” e a necessidade de acúmulo de medicamentos nos domicílios tem se verificado nos últimos tempos como factores que levam a subnotificação dos casos na maioria das Unidades Sanitárias.

As subnotificações levam a uma situação de falsa realidade dos casos diagnosticados a nível dos centros de saúde, com principal ocorrência nos centros urbanos e periurbanos. 

A falta de mecanismos viáveis e eficazes para o controlo de paciente com diagnostico positivo nas consultas seguintes tem se verificado com uma barreira para a monitoria dos casos. Sabe se que os pacientes com diagnóstico positivo (TDR/HTZ+) segundo o protocolo do Ministério da Saúde (MISAU) só podem retornar o novo teste e tratamento apos 30 dias, todavia, muitos casos são tratados antes repetidas vezes dentro de um período de um mês, seja na mesma Unidade Sanitária ou não. Hipoteticamente, estes registos acontecem por quase cerca de 25% dos casos notificados, o que perfaz 1/3 dos casos notificados anualmente.

Com esta plataforma pretendemos usa-la como instrumento de pesquisa para pacientes diagnosticados com Malaria com vista a apurar a real contribuição dos casos subnotificados nos centros de saúde. Com os resultados, caso respondam os objectivos plasmados podem servir de base para a criação de  uma plataforma digital que detete todos pacientes que tenham feito tratamento nos últimos 30 dias. Já é de nosso conhecimento que a atribuição de cartões aos pacientes e o uso de receitas anteriores não tem se mostrado muito eficazes no processo.

Veja o vídeo de simulação no link abaixo 

Solicite o envio da plataforma através do email: noraldinonuva@gmail.com