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sábado, 17 de fevereiro de 2018

Desafios do Saneamento do Meio no Seio Urbano - Acção Mútua



Resumo  

Os problemas ambientais e sua interface com a saúde estão presentes nos discursos e práticas sanitárias desde meados do século 19, com a intensificação dos impactos do processo de industrialização e da urbanização sobre as condições sanitárias e de saúde. Inicialmente, esses problemas eram vistos como resultado de processos políticos e sociais. Entretanto, com o advento do paradigma microbiano, que reduz a solução dos problemas de saneamento a controle de vetores, a dimensão social e política passou a ocupar lugar marginal e periférico na formulação das políticas
públicas (Freitas, 2003).

A partir dos anos 1970, quando se intensificaram os danos gerados pelos excessos de impactos causados pela produção em escala industrial, e com eles o crescimento do movimento ambientalista e da medicina social, a noção de problemas ambientais e sua estreita associação com danos à saúde passou a ser ampliada, desenvolvendo-se um novo campo: o da saúde ambiental. Saúde ambiental se refere aos aspectos da saúde e qualidade de vida humana determinados por fatores ambientais, sejam estes físicos, químicos, biológicos ou sociais. Refere-se também à teoria e prática de avaliação, correção, controle e prevenção daqueles fatores que, presentes no ambiente, podem afetar potencialmente de forma adversa a saúde humana de gerações presentes ou futuras (OMS, 1988).


Principais problemas ambientais que condicionam o saneamento do Meio no distrito de Homoíne, com enfoque na Vila Sede
1.       má gestão de resíduos sólidos (lixo)
2.       Poluição de mananciais de água


Soluções a médio e longo prazos

1. má gestão de resíduos sólidos
 
Poluição: é a introdução na natureza, de substâncias nocivas à saúde humana, a outros animais e ao próprio meio ambiente, que altera de forma significativa o equilíbrio dos ecossistemas. Ela pode ser causada pela liberação de matéria, e de energia (luz, calor, som), os chamados poluentes.
Se começarmos por analisar o conceito acima descrito sugere-nos que a poluição do meio ambiente tem como o homem o ‘’ecofactor’’ (qualidade de causar mudanças ao meio – ambiente), dai que as principais intervenções antes de ambientais devem ser focadas no próprio homem, através de um trabalho de advocacia e educação ambiental às comunidades sobre o risco eminente de ambientes insalubres.

Não obstante, as autoridades locais, quer da saúde ou dos serviços distritais das infraestruturas (SDPI) como órgãos de estado que tutelam o saneamento ambiental devem propiciar uma correcta gestão do lixo através da criação de condições adequadas de todo ciclo da gestão sanitária do lixo (produção, segregação, acondicionamento e destino final). A alocação de tambores, contentores ou baldes nas vias publicas e nas instituições de publicas deve constituir a prioridade coadjuvado pela sensibilização do seu uso.


2. Poluição de mananciais
A gestão das aguas pluviais é da responsabilidade do ministério das obras publicas e habitação (moph), direção provincial de obras publicas e habitação (dpoph), e Serviço distrital de planificação e infraestruturas (sdpi) respectivamente. Estes órgãos tutelam os serviços de planificação de infraestruturas de variadas naturezas, dentre elas a construção de esgotos e valas de drenagem para aguas pluviais, assim como o seu destino final.  

A criação dos sistemas práticos de drenagem e tratamento das aguas pluviais e residuais vai reduzir substancialmente a contaminação dos rios a nível do Distrito de Homoíne e como consequência criação de ambiente salubre e sem disseminação de doenças de origem hídrica

Considerações finais
A Revolução Industrial trouxe consigo a industrialização e a urbanização. Com a consolidação do capitalismo, propiciado por este momento histórico, o incentivo à produção e acúmulo de riquezas, aliada à necessidade aparente de se adquirir produtos novos a todo o momento, fez com que a ideia de progresso surgisse ligada à exploração como consequência a degradação do meio biótico, tornando -o cada vez menos próprio para a sobrevivência humana.  
Este marco que a humanidade alcançou não só trouxe benefícios para a sua vida, mas também, esta constituindo um factor da sua própria destruição à medida que vai deixando o meio ambiente contaminado propiciando o surgimento de varias doenças e contaminação das principais fontes de agua para o consumo e saneamento.


Referencias bibliográficas
VRANJAC Alexandre. DOENÇAS RELACIONADAS À ÁGUA OU DE TRANSMISSÃO HÍDRICA, Centro de Vigilância Epidemiológica, São Paulo, dezembro de 2009.

MINISTÉRIO DA SAÚDE DO BRASIL-Departamento de Atenção, VIGILÂNCIA EM SAÚDE, ZOONOSES BÁSICA, 1ª edição, Brasilia, 2009.
 

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