Fonte: noraldinonuva |
A água
continua sendo o principal veículo de transmissão de doenças em maior parte das
comunidades. Chamam-se ao conjunto de doenças causadas pela água, que sejam
derivadas do consumo ou simplesmente pela mera presença no meio ambiente de doenças de origem hídrica.
Os
benefícios que este líquido oferece transcendem o perigo que o mesmo apresenta
na saúde das populações, sobretudo das rurais que por um lado a água é escassa
por outro a inexistência de sistemas eficazes de manuseio e tratamento.
O advento
da época chuvosa que normalmente tem seu início no mês de outubro a março trás
consigo inúmeras vantagens no campo da agricultura, na mesma proporção que trás
graves consequências no ramo da saúde. Este dilema surge quando se escasseiam
as técnicas adequadas, viáveis e economicamente favoráveis para o processo de
tratamento da água de consumo humano.
Muitos
mananciais incluindo poços tradicionais são poluídos durante as chuvas,
resíduos sólidos, esgotos domésticos, dejetos de origem animal e humano são
arrastados para os rios, tornando suas águas completamente impróprias para o consumo.
Nuna outra perspectiva
adjacente, a escassez da água também leva a consequências nefastas no estado de
saúde das comunidades, mormente as rurais, a “competição” na satisfação das
necessidades do homem e do gado sujeita as pessoas a consumirem água imprópria.
Pela
abundância ou escassez, a água se não controlada e tratada antes do seu consumo
leva a consequências da mesma dimensão. Algumas das doenças que vem sendo
reportadas derivadas do consumo de água insegura constam: diarreia, cólera, parasitoses, malaria. Esta última está associada
a abundância da água, sobretudo durante a época chuvosa.
Em alguns
povoados rurais do distrito de Homoíne, as comunidades ressentem da necessidade
de provimento de água segura que muitas das vezes tem sido por meio de bombas
manuais. Infelizmente, estes meios de extração da água no subsolo ainda não são
abrangentes, existindo ainda muita população que recorre a fontes superficiais,
como as nascentes de rios, pântanos, lagos e outras formas de concentração de
água para aquisição da mesma para o seu consumo.
Num
trabalho de mapeamento das fontes de água realizado pela CARE em coordenação
com o Serviço de Distrital de Saúde, Mulher e Acção Social e Serviço Distrital de
Infraestruturas produziu resultados dignos de preocupação das entidades da Saúde
e do governo no seu todo.
Fonte: noraldinonuva |
Constatou
-se que em algumas localidades, existem povoados que dividem a água com o gado,
em pequenos poços escavados tradicionalmente e alguns moradores relatam que
esta água não passa por nenhum tipo de tratamento antes do seu consumo.
Com isto
urge a necessidade de maximização de divulgação de mensagens -chave sobre os
riscos iminentes que a água não tratada oferece. É reconhecido o trabalho que
ate ao momento é feito nas comunidades rurais do distrito, entretanto, existe
ainda um desafio muito grande, pois, nota-se que ainda há falta de atitude na
tomada de decisões práticas para garantir a salubridade da água.
Alguns tabus
e concepções comunitárias constituem por outro lado barreiras na aceitação de
bons hábitos sanitários. Há quem ainda acredita que a água quanto mais natural
for, sem nenhuma intervenção humana é mais saudável, pois, é um recurso sagrado.
Algumas destas ideias propagam-se sem contornos e com uma aceitação preocupante.
Fonte: noraldinonuva |
Por: noraldino nuva
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