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segunda-feira, 25 de fevereiro de 2019

ÁGUA COMO “VEÍCULO” DE TRANSMISSÃO DE DOENÇAS NAS COMUNIDADES


Fonte: noraldinonuva
A água continua sendo o principal veículo de transmissão de doenças em maior parte das comunidades. Chamam-se ao conjunto de doenças causadas pela água, que sejam derivadas do consumo ou simplesmente pela mera presença no meio ambiente de doenças de origem hídrica.
Os benefícios que este líquido oferece transcendem o perigo que o mesmo apresenta na saúde das populações, sobretudo das rurais que por um lado a água é escassa por outro a inexistência de sistemas eficazes de manuseio e tratamento.
O advento da época chuvosa que normalmente tem seu início no mês de outubro a março trás consigo inúmeras vantagens no campo da agricultura, na mesma proporção que trás graves consequências no ramo da saúde. Este dilema surge quando se escasseiam as técnicas adequadas, viáveis e economicamente favoráveis para o processo de tratamento da água de consumo humano.
Muitos mananciais incluindo poços tradicionais são poluídos durante as chuvas, resíduos sólidos, esgotos domésticos, dejetos de origem animal e humano são arrastados para os rios, tornando suas águas completamente impróprias para o consumo.
Nuna outra perspectiva adjacente, a escassez da água também leva a consequências nefastas no estado de saúde das comunidades, mormente as rurais, a “competição” na satisfação das necessidades do homem e do gado sujeita as pessoas a consumirem água imprópria.
Pela abundância ou escassez, a água se não controlada e tratada antes do seu consumo leva a consequências da mesma dimensão. Algumas das doenças que vem sendo reportadas derivadas do consumo de água insegura constam: diarreia, cólera, parasitoses, malaria. Esta última está associada a abundância da água, sobretudo durante a época chuvosa.
Em alguns povoados rurais do distrito de Homoíne, as comunidades ressentem da necessidade de provimento de água segura que muitas das vezes tem sido por meio de bombas manuais. Infelizmente, estes meios de extração da água no subsolo ainda não são abrangentes, existindo ainda muita população que recorre a fontes superficiais, como as nascentes de rios, pântanos, lagos e outras formas de concentração de água para aquisição da mesma para o seu consumo.
Num trabalho de mapeamento das fontes de água realizado pela CARE em coordenação com o Serviço de Distrital de Saúde, Mulher e Acção Social e Serviço Distrital de Infraestruturas produziu resultados dignos de preocupação das entidades da Saúde e do governo no seu todo. 
Fonte: noraldinonuva

Constatou -se que em algumas localidades, existem povoados que dividem a água com o gado, em pequenos poços escavados tradicionalmente e alguns moradores relatam que esta água não passa por nenhum tipo de tratamento antes do seu consumo.
Com isto urge a necessidade de maximização de divulgação de mensagens -chave sobre os riscos iminentes que a água não tratada oferece. É reconhecido o trabalho que ate ao momento é feito nas comunidades rurais do distrito, entretanto, existe ainda um desafio muito grande, pois, nota-se que ainda há falta de atitude na tomada de decisões práticas para garantir a salubridade da água.
Alguns tabus e concepções comunitárias constituem por outro lado barreiras na aceitação de bons hábitos sanitários. Há quem ainda acredita que a água quanto mais natural for, sem nenhuma intervenção humana é mais saudável, pois, é um recurso sagrado. Algumas destas ideias propagam-se sem contornos e com uma aceitação preocupante.
Fonte: noraldinonuva
É preciso que haja uma força que quebre este ciclo de informação equivocada, naturalmente sem pôr em causa os interesses das partes. Para tal as técnicas de mobilização e sensibilizaçãocomunitárias são imprescindíveis, os Técnicos de Medicina Preventiva são elementos chave na advocacia e divulgação de mensagens pelas comunidades, de igual forma que devem exercer um papel mais preponderante ainda que inclui o ensinamento de técnicas praticas, viáveis e acessíveis para todos tecidos sociais de tratamento da água na comunidade, para comunidade e com a comunidade.

Por: noraldino nuva
  

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