Aprenda a fazer soro caseiro
A desidratação produz-se
quando a eliminação de água do corpo é maior que o volume ingerido. A deficiência de água, em
geral, provoca um aumento da concentração de sódio no sangue. Os vômitos, a
diarréia, o uso de diuréticos (medicamentos que provocam a excreção de
excessivas quantidades de sal e de água pelos rins), o excesso de calor, a
febre e uma diminuição do consumo de água podem conduzir à desidratação.
Algumas doenças, como a diabetes mellitus, a diabetes insípida e a doença de
Addison, podem ocasionar desidratação devido às excessivas perdas de água que
as caracterizam.
Em
primeiro lugar, a desidratação estimula os centros da sede do cérebro,
fazendo com que se beba mais líquido. Se o consumo não conseguir compensar a
água que se perde, a desidratação agrava-se, a transpiração diminui e
produz-se menor quantidade de urina. A água desloca-se desde o vasto depósito
interno das células até ao sangue. Se a desidratação não melhorar, os tecidos
corporais começam a secar. Por fim, as células começam a encolher-se (ficam
colapsadas) e a funcionar inadequadamente. As células do cérebro estão entre
as mais propensas à desidratação, de maneira que um dos principais sinais de
gravidade é a confusão mental, que pode evoluir para o coma.
As causas
mais frequentes de desidratação, como a sudação excessiva, os vômitos e a
diarréia, provocam uma perda de eletrólitos, especialmente sódio e potássio,
além de água.
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Daí que a
desidratação seja acompanhada muitas vezes de uma deficiência de eletrólitos. Nesse
caso, a água não se desloca com facilidade desde o grande depósito interno das
células para o sangue. Por isso, o volume de água circulante no sangue é ainda
menor. Pode verificar-se uma queda da pressão arterial, provocando ligeiros
enjoos ou sensação de perda iminente de consciência, especialmente ao pôr-se de
pé (hipotensão ortostática). Se a perda de água e eletrólitos continua, a
pressão arterial pode descer perigosamente e provocar um estado de choque com
graves lesões em muitos órgãos internos, como os rins, o fígado e o cérebro.
Logo que
forem dectados sinais de desidratação é preciso que haja uma reposição do liquido
e sal, alguns alimentos que podem repor são: água de coco, arroz, banana
madura esmagada e sumos diversos (Parmalat, ceres, compal, se tiver condições
de os adquirir)
Estes contêm uma substancia
química (potássio) que estimula o corpo a precisar de mais comida e bebida.
Concomitantemente, se não poder ter esses alimentos acima referenciados, pode-se
fazer “soros caseiros” com produtos que facilmente pode ter em casa.
Soro caseiro feito com sal e açúcar
Pode usar qualquer tipo de
açúcar, seja castanho ou branco refinado. Em um litro de água fervida e posteriormente
deixada arrefecer, ponha ½ meia colher normal de chá com sal, 8 colheres de chá
normais de açúcar e misture muito bem até que os componentes da mistura não se
distingam.
Soro caseiro feito com cereal e sal
É melhor usar arroz em pó
(pilado), mas na ausência pode usar milho muito moído, mapira ou farinha de
trigo.
Igualmente em um litro de
agua fervida e deixada arrefecer, coloque ½ meia colher normal de chá com sal e
8 colheres do mesmo tamanho cheias de cereal. Feito isso, deve pôr a ferver
durante 5 a 7 minutos para formar uma papa pastosa ou liquida, deixe arrefecer
e já pode começar a dar ao doente.
Note que em todos os tipos
de soros o sal é o elemento imprescindível, já deve ter se apercebido que
quando se enche sal na comida bebemos muita agua, pois, quando adicionamos sal
no soro é para estimular o organismo a precisar de mais líquidos para repor os
perdidos.
Nota: todos procedimentos aqui mencionados não podem substituir
orientações médicas, só podem ser feitos enquanto prepara-se o doente para
levar a uma unidade sanitária mais próxima.
Referências
http://www.sobiologia.com.br/conteudos/FisiologiaAnimal/excrecao6.php
Guia
comunitário de saúde ambiental. 1ª edição 2012. 53pp
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