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terça-feira, 2 de junho de 2015

Porque ocorre a desidratação e como tratar em casa?



Aprenda a fazer soro caseiro
A desidratação produz-se quando a eliminação de água do corpo é maior que o volume ingerido. A deficiência de água, em geral, provoca um aumento da concentração de sódio no sangue. Os vômitos, a diarréia, o uso de diuréticos (medicamentos que provocam a excreção de excessivas quantidades de sal e de água pelos rins), o excesso de calor, a febre e uma diminuição do consumo de água podem conduzir à desidratação. Algumas doenças, como a diabetes mellitus, a diabetes insípida e a doença de Addison, podem ocasionar desidratação devido às excessivas perdas de água que as caracterizam.
Em primeiro lugar, a desidratação estimula os centros da sede do cérebro, fazendo com que se beba mais líquido. Se o consumo não conseguir compensar a água que se perde, a desidratação agrava-se, a transpiração diminui e produz-se menor quantidade de urina. A água desloca-se desde o vasto depósito interno das células até ao sangue. Se a desidratação não melhorar, os tecidos corporais começam a secar. Por fim, as células começam a encolher-se (ficam colapsadas) e a funcionar inadequadamente. As células do cérebro estão entre as mais propensas à desidratação, de maneira que um dos principais sinais de gravidade é a confusão mental, que pode evoluir para o coma.
As causas mais frequentes de desidratação, como a sudação excessiva, os vômitos e a diarréia, provocam uma perda de eletrólitos, especialmente sódio e potássio, além de água.

Daí que a desidratação seja acompanhada muitas vezes de uma deficiência de eletrólitos. Nesse caso, a água não se desloca com facilidade desde o grande depósito interno das células para o sangue. Por isso, o volume de água circulante no sangue é ainda menor. Pode verificar-se uma queda da pressão arterial, provocando ligeiros enjoos ou sensação de perda iminente de consciência, especialmente ao pôr-se de pé (hipotensão ortostática). Se a perda de água e eletrólitos continua, a pressão arterial pode descer perigosamente e provocar um estado de choque com graves lesões em muitos órgãos internos, como os rins, o fígado e o cérebro.  
Logo que forem dectados sinais de desidratação é preciso que haja uma reposição do liquido e sal, alguns alimentos que podem repor são: água de coco, arroz, banana madura esmagada e sumos diversos (Parmalat, ceres, compal, se tiver condições de os adquirir)
Estes contêm uma substancia química (potássio) que estimula o corpo a precisar de mais comida e bebida. Concomitantemente, se não poder ter esses alimentos acima referenciados, pode-se fazer “soros caseiros” com produtos que facilmente pode ter em casa.
Soro caseiro feito com sal e açúcar
Pode usar qualquer tipo de açúcar, seja castanho ou branco refinado. Em um litro de água fervida e posteriormente deixada arrefecer, ponha ½ meia colher normal de chá com sal, 8 colheres de chá normais de açúcar e misture muito bem até que os componentes da mistura não se distingam.
Soro caseiro feito com cereal e sal
É melhor usar arroz em pó (pilado), mas na ausência pode usar milho muito moído, mapira ou farinha de trigo.
Igualmente em um litro de agua fervida e deixada arrefecer, coloque ½ meia colher normal de chá com sal e 8 colheres do mesmo tamanho cheias de cereal. Feito isso, deve pôr a ferver durante 5 a 7 minutos para formar uma papa pastosa ou liquida, deixe arrefecer e já pode começar a dar ao doente.
Note que em todos os tipos de soros o sal é o elemento imprescindível, já deve ter se apercebido que quando se enche sal na comida bebemos muita agua, pois, quando adicionamos sal no soro é para estimular o organismo a precisar de mais líquidos para repor os perdidos.
Nota: todos procedimentos aqui mencionados não podem substituir orientações médicas, só podem ser feitos enquanto prepara-se o doente para levar a uma unidade sanitária mais próxima.

Referências
http://www.sobiologia.com.br/conteudos/FisiologiaAnimal/excrecao6.php
Guia comunitário de saúde ambiental. 1ª edição 2012. 53pp

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