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quinta-feira, 2 de julho de 2015

Queria algum dia experimentar a paranoia de estar sob efeito de algum estupefaciente


Certamente perguntarias o que falta e eu responderia não sei! Talvez me pese a consciência. Ela me faz muitas questões: e depois o que vais fazer? E se gostares e quiseres continuar? E se tiveres alguma reação que perigue sua vida?
São essas questões que até hoje não consigo respondê-las. Se talvez pudesse dá-las respostas já teria experimentado ou simplesmente jurado nunca o fazer.
É triste que até hoje, justamente na segunda metade do décimo quinto ano de século XXI ainda existam jovens que consideram luxo tirar um cigarro ou embrulhar gramas de canabis e fuma-lo com muita ostentação.
Não sei o que sentem, nem gostaria de saber, só sei que estão muito bem informados dos riscos que correm. Talvez seja aquela ideia de: ‘’que diferença faz, na mesma vamos morrer, deixe-me curtir a vida’’.
É triste pensar assim, justo num século que era suposto vivermos mais, com muitos órgãos de informação que diariamente falam de como viver uma vida saudável. Mas pelo contrário, vivemos menos… triste cenário!!
Doenças alastram-se a uma velocidade luz, como se alguém disseminasse por nós. Alguns falam de falta de informação, outros apontam a ignorância e outros ainda dizem que a pobreza é a responsável por tudo isso. Seja como for, estamos sujeitos a isso e qualquer das formas temos que parar tudo isso, talvez assim a longevidade será um sonho nosso.
Se calhar devêssemos perguntar ao regulo de Katembe que aos 100 anos contraía seu matrimônio com sua esposa de 86, qual segredo de uma vida longa. Certamente não responderia ‘’ muito cigarro e suruma ou então álcool’’.
Fiquei triste, lágrimas quase escoriam no meu negro rosto. Quando sentado na minha cabana, com um dispositivo que o branco inventou, lia num jornal resultados de uma pesquisa sobre a dita doença do século.
Surpreendi-me pela negativa quando num parágrafo estava patente que cerca de 11% dos 25.5 milhões de moçambicanos estão infectados pelo VIH/SIDA, com idades compreendidas entre os 15-49 anos. Lamentável, precisamente essa faixa etária que é considerada activa na produção e desenvolvimento do País, talvez ficasse melhor se classificarmos activa unicamente em actividades sexuais.
  A pesquisa ia mais longe, referia que mais de 356 é o número de novas infeções diárias com cerca de 226 óbitos também diários. O pior ainda, maior parte dessa população é urbana, justo ela que nada lhe falta para se informa.
Sinceramente!! Gostaria de ter respostas para todas essas incógnitas.

Por Noraldino nuva

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