Ébola
A febre hemorrágica ébola ou ebola (FHE) é a doença
humana provocada pelos vírus do ébola. Os sintomas têm início duas a três semanas
após a infeção,
e manifestam-se através de febre, dores musculares, dores de garganta e dores de
cabeça. A estes sintomas sucedem-se náuseas,
vómitos
e diarreia,
a par de insuficiência hepática e renal. Durante esta fase, algumas pessoas começam a ter
problemas hemorrágicos.
A propagação da doença em determinada população tem início quando uma
pessoa entra em contacto com o sangue ou fluidos
corporais de um animal infetado, como os macacos ou morcegos-da-fruta.
Pensa-se que os morcegos-da-fruta sejam capazes de transportar a doença sem ser
afetados. Após a infeção, a doença é transmissível de pessoa para pessoa,
inclusive através do contacto com pessoas mortas em decorrência do vírus. Os
homens que sobrevivem à doença continuam a ser capazes de a transmitir por via sexual durante cerca
de dois meses. O diagnóstico tem geralmente início com a exclusão de outras
doenças com sintomas semelhantes, como a malária,
cólera
ou outras febres hemorrágicas virais. Para a
confirmação do diagnóstico inicial, o sangue é posteriormente analisado para
detetar a presença de anticorpos do vírus, de ADN viral ou do próprio
vírus.
A prevenção é feita através de medidas que diminuem o risco de propagação da
doença entre macacos ou porcos infetados e os seres humanos. Isto pode ser conseguido
através do rastreio destes animais e, no caso de ser detectada a doença,
matando e eliminando de forma apropriada os corpos. Deve-se também cozinhar a
carne de forma adequada e é recomendado usar vestuário de proteção quando se
manuseia carne. Na proximidade de uma pessoa infetada é recomendado que se
lavem as mãos e que seja também usado vestuário de proteção.
Não existe tratamento específico para o vírus. O tratamento envolve a
administração de terapia de reidratação oral ou intravenosa. A doença tem uma taxa de
mortalidade extremamente elevada – até cerca de 90%. Geralmente ocorre durante surtos em regiões
tropicais da África subsariana.[1]
Entre 1976, o ano em que foi pela primeira vez identificada, e 2014, o número
de casos registados em cada ano foi sempre inferior a 1000. O maior surto
registado até 2014 foi o surto de ébola na África Ocidental de
2014.[2]
A doença foi identificada pela primeira vez no Sudão
e na República Democrática do Congo.
Tem havido esforços no sentido de desenvolver uma vacina, embora,
à data de 2014, não esteja ainda disponível
Sintomas do ébola.
Os sinais e sintomas do ébola geralmente têm início de forma súbita ao longo de um estágio inicial semelhante à gripe e caracterizado por fadiga, febre, dor de cabeça e dores nas articulações, musculares e abdominais. Vómitos, diarreia e anorexia são também sintomas comuns. Entre os sintomas menos comuns estão a inflamação da garganta, dores no peito, soluços, falta de ar e dificuldade em engolir. Em cerca de metade dos casos os pacientes apresentam exantema maculopapular.
Os sinais e sintomas do ébola geralmente têm início de forma súbita ao longo de um estágio inicial semelhante à gripe e caracterizado por fadiga, febre, dor de cabeça e dores nas articulações, musculares e abdominais. Vómitos, diarreia e anorexia são também sintomas comuns. Entre os sintomas menos comuns estão a inflamação da garganta, dores no peito, soluços, falta de ar e dificuldade em engolir. Em cerca de metade dos casos os pacientes apresentam exantema maculopapular.
O tempo médio entre o momento
em que se contrai a infeção e a primeira manifestação de sintomas é de entre 8
a 10 dias, mas pode ocorrer entre 2 e 21 dias. Os primeiros sintomas de FHE
podem ser semelhantes aos de malária, dengue ou outras doenças tropicais,
antes da doença progredir para a fase hemorrágica
Fase hemorrágica
odas as pessoas infetadas
mostram sintomas do envolvimento do sistema circulatório, como coagulopatia.
Durante a fase hemorrágica, as primeiras hemorragias internas ou subcutâneas
podem-se manifestar através de olhos avermelhados ou pela presença de sangue no vómito.
Em cerca de 40-50% dos casos verificam-se relatos de hemorragias nas pregas da
pele e das mucosas;
por exemplo, no sistema digestivo, nariz, vagina e gengivas.
Entre os tipos de hemorragias associados à doença estão a presença de sangue no vómito,
na tosse
e nas fezes. As hemorragias intensas são raras e geralmente restritas ao
sistema digestivo. Geralmente, a evolução para sintomas hemorrágicos é um
indicador do agravamento do prognóstico e a perda de sangue pode provocar a
morte
Causas
A febre hemorrágica ébola é
provocada por quatro das cinco espécies de vírus classificadas no género Ebolavirus,
família Filoviridae,
ordem Mononegavirales. Estas quatro espécies são
o ébola-Zaire, ébola-Sudão, ébola-Bundibugyo e o ébola-Costa do Marfim. O quinto
vírus, a espécie Reston, não aparenta provocar a doença em seres humanos.
Durante um surto, as pessoas em maior risco são os profissionais de saúde e
aqueles em contacto com os infetados.
Transmissão
A forma de transmissão do
vírus ainda não é completamente compreendida. Pensa-se que a FHE ocorra após o
portador inicial humano ter contraído o vírus mediante contacto com os fluídos
corporais de um animal infetado. A transmissão entre humanos pode ocorrer
através de contacto direto com o sangue ou fluídos corporais de uma pessoa ou
animal infetados, incluindo o embalsamamento
de cadáveres, ou por contacto com equipamento médico contaminado,
particularmente agulhas e seringas. É provável que também ocorra
transmissão através de exposição oral
ou conjuntiva
tendo sido confirmada em outros primatas para além do ser humano vez que a
doença só é transmitida por contacto direto com as secreções de indivíduos que
mostrem sinais de infeção. A rápida manifestação dos sintomas faz com que seja
relativamente fácil identificar indivíduos doentes e limita a capacidade de uma
pessoa em transmitir a doença durante viagens. Uma vez que os mortos continuam
a ser infeciosos, as autoridades de saúde removem-nos de forma segura, apesar
dos rituais fúnebres tradicionais.
Os profissionais de saúde que
não usem vestuário de proteção apropriado apresentam um risco acrescido de
contrair a doença. Verificou-se que no passado as as transmissões em meio hospitalar em África se
deveram à reutilização de agulhas e inexistência de medidas de precaução
universais.
A doença não é transmitida
por via aérea de forma natural. No entanto, pode ser transmitida através de
gotículas inaláveis de 0,8–1,2 micrómetros produzidas em laboratório. Devido a
esta potencial via de transmissão, estes vírus são classificados como armas
biológicas de categoria A. Recentemente, observou-se que o vírus é capaz de ser
transmitido sem contacto entre porcos e primatas não humanos.
Os morcegos descartam fruta
parcialmente ingerida, a qual é depois recolhida e comida por mamíferos
terrestres como os gorilas.
Esta cadeia de eventos constitui um possível meio de transmissão indireta entre
o hospedeiro natural e as populações animais, pelo que a investigação se tem
focado na saliva dos morcegos. Entre outros fatores, a produção de fruta e o
comportamento animal variam consoante o local e a época, o que pode desencadear
surtos ocasionais entre as populações animais quando se reúnem as condições
propícias.
Reservatórios naturais
Cozinhado de carne de animais selvagens no Gana. A prática de consumo
de animais selvagens em África tem sido associado à transmissão de doenças para o ser
humano, entre as quais o ébola.
Considera-se que sejam os morcegos
o reservatório natural mais provável, tendo
também sido consideradas as plantas, os artrópodes
e as aves. Sabe-se que a fábrica de algodão onde tiveram início os primeiros
casos dos surtos de 1976 e 1979 era o habitat de vários morcegos, os quais
também estão implicados nas infeções por vírus de Marburg em 1975 e 1980. De 24 espécies
de plantas e 19 espécies de vertebrados inoculadas de forma experimental com o
vírus ébola, só os morcegos é que foram infetados. A ausência de sinais
clínicos nestes morcegos é característica das espécies reservatório. À data de
2005, tinham sido identificados três espécies de morcegos-da-fruta
em contacto com o vírus — Hypsignathus monstrosus, Epomops franqueti
e Myonycteris torquata. Estas espécies são agora
suspeitas de serem o hospedeiro reservatório do vírus do ébola.[28]
[29]
Foram encontrados anticorpos contra o ébola-Zaire e os vírus Reston em morcegos
no Bangladeche,
identificando-se assim potenciais hospedeiros na Ásia.
Entre 1976 e 1998, entre as
amostras de 30 000 mamíferos, aves, répteis, anfíbios e artrópodes
recolhidas nas regiões dos surtos, não foi detectado qualquer ébolavírus para
além de alguns vestígios genéticos em seis roedores (Mus setulosus
e Praomys)
e um musaranho
(Sylvisorex ollula) recolhidos na República Centro-Africana. Durante os surtos de
2001 e 2003 foram detectados vestígios de vírus de ébola nas carcaças de
gorilas e chimpanzés, que mais tarde se tornaram a fonte
de infeções em seres humanos. No entanto, a elevada mortalidade da infeção
presente nestas espécies faz com que seja improvável que sejam o reservatório
natural.
Geralmente, a transmissão
entre o reservatório natural e os seres humanos é rara, e em cada surto é
possível identificar o caso de origem, no qual alguém manuseou carcaças de
gorilas, chimpanzés ou Cephalophinae. Os morcegos-da-fruta são
também uma fonte alimentar em algumas regiões da África ocidental, onde são
fumados, grelhados ou usados na preparação de sopa
Virologia
O ebolavirus é um filovírus
(o outro membro desta família é o vírus Marburg), com forma filamentosa, com 14
micrômetros de comprimento e 80 nanômetros de diâmetro.
O seu genoma é
de RNA fita simples de
sentido negativo (é complementar à fita codificante). O genoma é protegido por capsídeo,
é envelopado e codifica sete proteínas.
Há três tipos: ébola–Zaire
(EBO–Z), ébola–Sudão (EBO–S) com mortalidades de 83% e 54% respectivamente. A
estirpe ébola–Reston foi descoberta em 1989 em macacos Macaca fascicularis
importados das Filipinas para os Estados Unidos
tendo infetado alguns tratadores por via respiratória. O período de incubação
do vírus ébola dura de 5 a 7 dias se a transmissão for parenteral e de 6 a 12
dias se a transmissão foi de pessoa a pessoa. O início dos sintomas é súbito
com febre alta, calafrios, dor de cabeça, anorexia, náusea, dor
abdominal, dor de garganta e prostração profunda. Em alguns casos, entre o
quinto e o sétimo dia de doença, aparece exantema
de tronco, anunciando manifestações hemorrágicas: conjuntivite
hemorrágica, úlceras
sangrentas em lábios e boca, sangramento gengival, hematemese
(vômito com presença de sangue) e melena
(hemorragia intestinal, em que as fezes apresentam sangue). Nas epidemias
observadas, todos os casos com forma hemorrágica evoluíram para morte. Nos
períodos epidêmicos e de surtos, a taxa de letalidade variou de 50 a 90%. Seu
contágio pode ser por via respiratória, ou contato com fluidos corporais
de uma pessoa infectada.
Os principais alvos da
infeção são as células endoteliais, os fagócitos
mononucleares e os hepatócitos. Após a infeção, é sintetizada uma glicoproteína
segregada (sGP) denominada glicoproteína do vírus do ébola (GP). A replicação
do vírus do ébola ultrapassa a própria síntese proteica das células infetadas e
das defesas imunitárias do hospedeiro. A GP forma um complexo trimérico,
o qual liga o vírus às células endoteliais que revestem a superfície interior
dos vasos sanguíneos. A sGP forma um dímero proteico
que interfere com a sinalização dos neutrófilos
(um tipo de glóbulos brancos) o que permite ao vírus
esquivar-se do sistema imunitário inibindo os primeiros passos da ativação dos
neutrófilos. Estes glóbulos brancos também atuam como contentores para o
transporte do vírus pelo corpo do hospedeiro, depositando-o nos gânglios linfáticos,
fígado, pulmões e
baço.
A presença de partículas
virais e de danos nas células resultantes da gemulação
provocam a libertação de citocinas, as quais sçai as moléculas de
sinalização para a febre e inflamação. O efeito citopático da
infeção nas células endoteliais provoca a perda da integridade vascular. Esta
perda é posteriormente agravada devido à síntese de GP, o que reduz as integrinas
específicas responsáveis pela coesão celular na estrutura intercelular, e
devido às lesões no fígado, que provocam coagulopatia.
Diagnóstico
O historial médico da pessoa,
em particular o historial recente de viagens, trabalho e exposição à vida
selvagem, são critérios importantes para se suspeitar de um diagnóstico de
febre hemorrágica ébola. O diagnóstico é confirmado através do isolamento do
vírus, detectando o seu ARN ou proteínas,
ou detectando no sangue da pessoa os anticorpos
do vírus. Isolar o vírus é mais eficaz durante a fase inicial e após a morte,
enquanto que a detecção dos anticorpos é eficaz em estágios avançados e nas
pessoas em recuperação. O isolamento do vírus é realizado em cultura celular;
o ARN viral é detetado através de reação em cadeia da polimerase
(PCR) e as proteínas são detectadas através do teste ELISA.
Durante um surto, geralmente
não é praticável isolar o vírus. Assim, os métodos de diagnóstico mais comuns
são a deteção de proteínas em tempo real (PCR e ELISA), os quais podem ser
realizados no terreno ou em hospitais de campanha. É possível observar e identificar os
filoviriões em culturas celulares através do microscópio eletrónico devido à sua forma
filamentosa característica, embora a microscopia electrónica não seja capaz de
distinguir entre os vários filovírus.
Prevenção
Análise de um vírus de ébola com proteção de vestuário
pressurizado de modo a evitar eventuais infeções.
Alterações comportamentais
Os vírus ébola são
contagiosos, pelo que a prevenção envolve fundamentalmente precauções
comportamentais, equipamento de proteção individual
e desinfeção.
As técnicas para evitar a infeção englobam evitar o contacto com sangue ou
secreções corporais infetadas, incluindo as dos mortos. Isto implica detectar e
diagnosticar a doença durante a fase inicial e usar medidas de precaução
universais para todos os pacientes. Entre as medidas recomendadas durante o
tratamento de pessoas suspeitas de estarem infetadas estão o uso de vestuário
de proteção adequado, como máscaras, luvas, batas, óculos, esterilização e isolamento do equipamento. A
lavagem das mãos é igualmente importante, mas pode ser difícil em regiões onde
a disponibilidade de água é escassa.
Devido à inexistência de
equipamento adequado e práticas de higiene, as epidemias em larga escala têm
ocorrido principalmente em regiões isoladas e pobres, sem hospitais modernos ou
equipas médicas com formação adequada. As autoridades têm também desencorajado
alguns rituais fúnebres
tradicionais, em particular os que envolvem o embalsamamento
do corpo. As tripulações de companhias aéreas que voam para estas regiões são
geralmente treinadas para identificar o ébola e isolar pessoas que apresentem
os sintomas da doença.
Quarentena
A quarentena
é geralmente eficaz na diminuição da velocidade de propagação. As autoridades
geralmente colocam de quarentena as áreas onde a doença ocorre ou as pessoas
que possam estar infetadas. O número reduzido de estradas ou meios de
transporte pode ajudar a diminuir a velocidade de propagação em África. Durante
o surto de 2014, a Libéria encerrou todas as escolas.
Vacina
Não está atualmente
disponível qualquer vacina
para os seres humanos. Os candidatos mais proeminentes são vacinas ADN ou vacinas
derivadas de adenovírus, vírus da estomatite vesicular
(VSIV) ou de partículas semelhantes a vírus (VLP). As vacinas ADN, de
adenovírus e VSIV passaram à fase de ensaio clínico.
As vacinas têm-se mostrado eficazes na proteção de primatas não humanos. A imunização
demora seis meses, o que não permite que as vacinas sejam usadas como medida de
controlo de epidemias
Tratamento
Não existe tratamento
específico para o ébolavírus. Os cuidados paliativos consistem geralmente na
gestão dos líquidos corporais e eletrólitos
para prevenir a desidratação, a administração de anticoagulantes
na fase inicial da infeção para prevenir ou controlar a coagulação intravascular disseminada,
a administração de anticoagulantes nas fases posteriores para
controlar as hemorragias, a manutenção dos níveis de oxigénio,
a gestão da dor, e administração de antibióticos
ou antimicóticos
para o tratamento de infeções secundárias.
Prognóstico
A doença apresenta uma taxa
de mortalidade elevada, frequentemente entre 50 e 90%. No caso de
uma pessoa infetada sobreviver, a recuperação é geralmente rápida e completa.
No entanto, nos casos de maior duração ocorrem muitas vezes complicações com
problemas a longo prazo, como inflamação dos testículos, dores nas articulações,
dores musculares,
esfoliação da pele ou perda de cabelo. Têm também sido observados
sintomas oculares, como sensibilidade à luz, epífora, uveíte, corioretinite
ou cegueira.
Os vírus de ébola são capazes de persistir no sémen de
alguns sobreviventes até sete semanas, o que possibilita o contágio através de relações sexuais.Epidemiologia
O vírus é denominado pelo
nome de um rio na República Democrática do Congo
(antigo Zaire), o
Rio Ebola, onde tem havido vários casos. Nunca houve casos humanos fora de África,
mas já apareceram casos em macacos
importados nos Estados Unidos e Itália.
Os casos identificados desde 1976
são apenas 1500, dos quais cerca de mil resultaram em morte. Não foi
ainda identificado o reservatório animal do vírus.
O ébola, como os outros vírus,
adere à célula do
hospedeiro,
onde entra ou apenas injeta seu material genético,
o genoma.
Este usa a estrutura da célula para se reproduzir e cada nova cópia do genoma
obriga a célula a fazer o invólucro de proteína. Os novos vírus deixam a célula
do hospedeiro com capacidade de infectar outras células.
O vírus pode ser contraído de
humanos e de animais, transmitido principalmente por meio de contato com o
sangue, secreções e outros fluídos corporais.
Animais que carregam a doença
incluem chimpanzés, gorilas, morcegos frutívoros, macacos, antílopes selvagens
e porcos-espinhos, encontrados mortos ou doentes na floresta tropical.
Em algumas culturas das
aldeias africanas, onde é usual a família lavar o corpo dos mortos manualmente
antes do enterro, as populações afetadas são infectadas em alto número devido à
possibilidade de infecção ao se entrar em contato com o falecido.
A transmissão entre humanos
por meio de sêmen infectado também pode ocorrer até sete semanas após a
recuperação clínica. Já há pesquisas feitas de que o ébola pode ser transmitido
pelo ar de entre porcos ou destes para o ser humano (uma nova variação do
vírus). A equipe médica é aconselhada a usar luvas de látex e filtro
respiratório.. Ainda não há tratamento ou vacina para a doença.
História
O ebola foi descoberto em 1976 por uma equipe
comandada por Guido van Der Groen, chefe
do laboratório de Microbiologia do Instituto de Medicina Tropical
de Antuérpia,
na Bélgica.
Desde a sua descoberta,
diferentes estirpes do Ebola causaram epidemias com 50 a 90% de mortalidade na República Democrática do Congo,
Gabão, Uganda e Sudão. A
segunda epidemia ocorreu em 1979,
quando 80% das vítimas morreram. Em maio de 1995, a cidade de Mesengo, a cento e cinquenta quilômetros de Kikwit, no Zaire, foi atingida pelo
vírus, que matou mais de cem pessoas. Há suspeitas de casos no Congo e no Sudão. O
primeiro desse tipo de vírus apareceu em 1967, foi o Marburg, a partir de células dos rins de
macacos verdes de Uganda.
Foi registrado um novo surto em julho de 2014 na África Ocidental nos países
como Serra Leoa, Guiné e Guiné Equatorial. É a primeira vez que um surto
aparece na África Ocidental - que esteve sempre na África Central.
Medicamentos
O favipiravir aparenta ter
alguma utilidade em modelos de ratos. Os fármacos antiestrogénios
usados no tratamento de infertilidade e cancro da mama
(como o clomifeno
ou o toremifeno) inibem a
progressão do vírus de ébola em ratos infetados. 90% dos ratos tratados com
clomifeno e 50% dos ratos tratados com toremifeno sobreviveram aos ensaios.
Anticorpos
Durante um surto na República
Democrática do Congo em 1999, sete de oito pessoas que receberam transfusões de sangue de sobreviventes de
ébola foram capazes de sobreviver à doença. No entanto, este potencial
tratamento é considerado controverso. proteção em primatas não humanos que
tenham estado expostos a doses elevadas de ébola. ol), infectados em agosto de
2014, apresentaram melhoras significativas do quadro clínico após tratamento
com ZMapp —
um fármaco experimental à base de três anticorpos monoclonais.
Outros tratamentos
Existem outros possíveis
tratamentos com base na tecnologia antissenso.
Tanto os SiRNA
como o o morfolino demonstraram ser
capazes de oferecer imunidade contra a doença em primatas não humanos. O
TKM-Ebola é um composto SiRNA
que atualmente está na fase de ensaios clínicos em seres humanos.
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