O período típico que o País se encontra sob ponto de
vista epidemiológico é propício para a eclosão de várias doenças de origem hídrica
e outras relacionadas à água como a Malária, por exemplo.
Sabido que as águas principalmente lacustres criadas pela
precipitação pluviométrica são potenciais fontes e criadouros de mosquitos,
pois, os mosquitos encontram nelas as condições favoráveis para a sua reprodução.
Acima das medidas preventivas de base que devem ser
levadas a cabo por forma evitar a ocorrência dos casos, existem indicadores que
controlam o número de casos diagnosticados e a população afectada. Estes indicadores
permitem romper o ciclo de transmissibilidade entres os indivíduos doentes dos
sadios e traçar medidas tendentes ao controlo, cura e reabilitação das pessoas
acometidas.
A
forma mais simples de se determinar a frequência de uma doença é através da
simples contagem dos indivíduos afetados.
A
simples mensuração do número de casos da doença sem fazer referência à
população em risco pode, ocasionalmente, dar uma ideia da magnitude do problema
ou da sua tendência em curto prazo em uma população como, por exemplo, durante
uma epidemia. Porém, os dados de prevalência e incidência tornam-se mais úteis
quando são relacionados à população.
MORBIDADE - Termo usado para
designar o conjunto de casos de uma dada doença ou a soma de agravos à saúde
que atingem um grupo de indivíduos, em um dado intervalo de tempo e lugar
específico.
MEDIDAS
DE OCORRÊNCIA DE DOENÇAS: PREVALÊNCIA
Os tipos de medidas de prevalência mais comumente utilizados são: Prevalência no ponto e Prevalência no período.
Prevalência
no ponto: refere-se ao número de casos na população em um momento do tempo
excluídos os óbitos, os que curaram e os que migraram.
Prevalência
no período: refere-se à soma dos
casos pré-existentes em um determinado momento com os casos novos ocorridos no
período considerado. Trata-se, portanto, da soma da prevalência de ponto com a
incidência.
MEDIDAS DE OCORRÊNCIA
DE DOENÇAS: INCIDÊNCIA
Existem duas principais formas de se medir incidência:
1)
Incidência cumulativa (ou acumulada ou cumulada) ou risco
Fornece
uma estimativa da probabilidade de um indivíduo desenvolver a doença durante um
período específico de tempo, e por isso é também chamada simplesmente de risco.
Relaciona
os casos novos e a população exposta no início do período considerado.
2)
Densidade de incidência (ou coeficiente de incidência média)
Relaciona
os casos novos em uma população, levando em conta o tempo que cada pessoa é
observada e permanece exposta ao risco de desenvolver a doença. A soma destes
tempos representa o denominador, que pode ser expresso em unidades apropriadas
como pessoa-ano, pessoa-mês ou pessoa-dia.
Para
se calcular um coeficiente de uma doença ou evento necessita-se de informações
sobre o tamanho da população sob risco. Por exemplo, para cada ano de
observação e até que desenvolva a doença, ou seja, perdida do acompanhamento,
cada pessoa na população em estudo contribui com uma pessoa-ano no denominador.
Quando
se estuda grande número de pessoas, como é o caso da população de cidades,
estados ou países em que a população cresce e decresce regularmente, utiliza-se
no denominador como estimativa do número de pessoas-ano em risco, o número de
pessoas existentes no meio do período, para efeito do cálculo de coeficientes
de incidência. Nestes casos, a população a ser utilizada para o cálculo é a de
1º de julho do ano considerado.
RELAÇÃO ENTRE INCIDÊNCIA E PREVALÊNCIA
Em
situações em que um evento tenha prevalência baixa, duração e incidência
estáveis, ou seja, sem grandes variações ao
longo do tempo, pode-se calcular sua prevalência:
Ex.:
Um total de 50 novos casos de um determinado câncer é diagnosticado cada ano
numa população de 100.000 pessoas. A duração média deste câncer é de 4 anos. A
prevalência do câncer nesta população é: Prevalência = 0,0005 pessoas/ano x 4
anos = 0,2%.
LETALIDADE
A
letalidade mede a severidade de uma doença e é definida como a proporção de
mortes dentre aqueles doentes por uma causa específica em um certo período de
tempo.
Referencias bibliográfica:
Manuel de vigilância
Epidemiológica e Medidas de Controle, 2a edição, 2010
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