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domingo, 19 de março de 2017

MEDIDAS DE MORBIDADE NA ANÁLISE DA SITUAÇÃO DE SAÚDE DA POPULAÇÃO

O período típico que o País se encontra sob ponto de vista epidemiológico é propício para a eclosão de várias doenças de origem hídrica e outras relacionadas à água como a Malária, por exemplo.
Sabido que as águas principalmente lacustres criadas pela precipitação pluviométrica são potenciais fontes e criadouros de mosquitos, pois, os mosquitos encontram nelas as condições favoráveis para a sua reprodução.
Acima das medidas preventivas de base que devem ser levadas a cabo por forma evitar a ocorrência dos casos, existem indicadores que controlam o número de casos diagnosticados e a população afectada. Estes indicadores permitem romper o ciclo de transmissibilidade entres os indivíduos doentes dos sadios e traçar medidas tendentes ao controlo, cura e reabilitação das pessoas acometidas.
A forma mais simples de se determinar a frequência de uma doença é através da simples contagem dos indivíduos afetados.
A simples mensuração do número de casos da doença sem fazer referência à população em risco pode, ocasionalmente, dar uma ideia da magnitude do problema ou da sua tendência em curto prazo em uma população como, por exemplo, durante uma epidemia. Porém, os dados de prevalência e incidência tornam-se mais úteis quando são relacionados à população.

MORBIDADE - Termo usado para designar o conjunto de casos de uma dada doença ou a soma de agravos à saúde que atingem um grupo de indivíduos, em um dado intervalo de tempo e lugar específico.
MEDIDAS DE OCORRÊNCIA DE DOENÇAS: PREVALÊNCIA






Os tipos de medidas de prevalência mais comumente utilizados são: Prevalência no ponto e Prevalência no período.
Prevalência no ponto: refere-se ao número de casos na população em um momento do tempo excluídos os óbitos, os que curaram e os que migraram.
Prevalência no período: refere-se à soma dos casos pré-existentes em um determinado momento com os casos novos ocorridos no período considerado. Trata-se, portanto, da soma da prevalência de ponto com a incidência.
MEDIDAS DE OCORRÊNCIA DE DOENÇAS: INCIDÊNCIA







Existem duas principais formas de se medir incidência:
1) Incidência cumulativa (ou acumulada ou cumulada) ou risco
Fornece uma estimativa da probabilidade de um indivíduo desenvolver a doença durante um período específico de tempo, e por isso é também chamada simplesmente de risco. 






Relaciona os casos novos e a população exposta no início do período considerado.
 2) Densidade de incidência (ou coeficiente de incidência média)
Relaciona os casos novos em uma população, levando em conta o tempo que cada pessoa é observada e permanece exposta ao risco de desenvolver a doença. A soma destes tempos representa o denominador, que pode ser expresso em unidades apropriadas como pessoa-ano, pessoa-mês ou pessoa-dia.










Para se calcular um coeficiente de uma doença ou evento necessita-se de informações sobre o tamanho da população sob risco. Por exemplo, para cada ano de observação e até que desenvolva a doença, ou seja, perdida do acompanhamento, cada pessoa na população em estudo contribui com uma pessoa-ano no denominador.
Quando se estuda grande número de pessoas, como é o caso da população de cidades, estados ou países em que a população cresce e decresce regularmente, utiliza-se no denominador como estimativa do número de pessoas-ano em risco, o número de pessoas existentes no meio do período, para efeito do cálculo de coeficientes de incidência. Nestes casos, a população a ser utilizada para o cálculo é a de 1º de julho do ano considerado.

RELAÇÃO ENTRE INCIDÊNCIA E PREVALÊNCIA
Em situações em que um evento tenha prevalência baixa, duração e incidência estáveis, ou seja, sem grandes variações ao longo do tempo, pode-se calcular sua prevalência:




Ex.: Um total de 50 novos casos de um determinado câncer é diagnosticado cada ano numa população de 100.000 pessoas. A duração média deste câncer é de 4 anos. A prevalência do câncer nesta população é: Prevalência = 0,0005 pessoas/ano x 4 anos = 0,2%.

LETALIDADE
A letalidade mede a severidade de uma doença e é definida como a proporção de mortes dentre aqueles doentes por uma causa específica em um certo período de tempo.









Referencias bibliográfica:

Manuel de vigilância Epidemiológica e Medidas de Controle, 2a edição, 2010
  










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