Análise de água para o consumo Humano

Exame de água

 É conhecimento comum que maior parte das doenças que acometem o homem é de transmissão feco-oral, desta forma é necessário que a água e alimentos para consumo Humano sejam higienizados para garantir a sua salubridade, criando assim condições de manter todas as propriedades organolépticas.

Entretanto, é preciso, antes que a água seja distribuída, principalmente a do consumo humano seja feita exames para avaliar a sua potabilidade. 
Distribuir agua sem examina-la é um tiro no escuro, muitas vezes de consequência irremediáveis.

São várias as análises que podem ser feitas para verificar se a água é de confiança para ser distribuída e usada nos domicílios, dentre elas:

• Exame bacteriológico da água (coliformes totais, bactérias heterotroficas)
• Analise físico-química da água (titulometricas, colimetricas).

A água potável não deve conter microrganismos patogênicos e deve estar livre de bactérias  indicadoras de contaminação fecal. Os indicadores de contaminação fecal tradicionalmente aceites, pertencem ao grupo de bactérias denominadas coliformes. o principal representante desse grupo de bactérias chama-se Escherichia coli.

Denomina-se bactérias de grupo coliforme bacilos gram-negativos, em forma de bastonetes, aeróbios e anaeróbios facultativos que fermentam a lactose a 35-37°c , produzindo ácido, gas e aldeído num prazo de 24-48 horas. A escolha desse grupo como indicador da contamincao da água deve-se ao facto de:

• Estão presentes nas fezes de animais de sangue quente, inclusive do ser humano;
• Sua presença na agua posse uma relação directa com o grau de contaminação fecal;
• São facilmente detectáveis e quantificáveis por técnicas simples e economicamente viáveis, em qualquer tipo de água.

Os exames acima referenciados são feitos a nível distrital, das unidades sanitárias do primeiro e segundo níveis e em estações de tratamento de agua (ETA) com equipamento apropriado para tal, o chamado kit de analise de agua.

Infelizmente em alguns Distritos de Moçambique tem se verificado insuficiência desses equipamentos para o procedimento das análises. Particularmente no Distrito de Homoine a oeste da Província de Inhambane a análise de água e feita rigorosamente pelos Técnicos de Medicina Preventiva e Saneamento do Meio.

Por uma questão de gestão de recursos (já que eles são escassos), a coleta das amostras para as análises não é feita de domicilio a domicilio, mas sim, das fontes que abastecem um certo número de famílias como: poços, furos com reservatórios, cisternas e outras formas de armazenamento.

As amostras devem ser tiradas e transportadas em recipientes limpos e bem conservados e quanto antes se fizer as análises melhor  para garantir resultados certos, dado que se armazenada durante muito tempo pode haver uma contaminação.

O responsável pelas análises deve o fazer, como já se disse antes o mais breve possível. O tipo de análise a fazer depende fundamentalmente do kit que tiver no seu Distrito ou na sua Unidade Sanitária, é recomendável que se façam todos o exames  anteriormente mencionados, portanto, devido a incompleta composição do Kit, muitas das vezes é feita apenas a análise microbiológica. Em que ela consiste?

Técnico de saúde na análise microbiológica da água

A análise microbiológica consiste essencialmente em verificar a existência ou não de coliformes fecais na água, esses, são verificados quando a água é contaminada nas sua fontes, quer pela açcão antropogénica ou animal, como por exemplo pelo gado, aves etc.

Se constatada a existência dos coliformes, facilmente pode se corrigir, antes importa salientar que a água é considerada imprópria para o consumo quando tiver acima de cinco colônias de coliformes[1] fecais observáveis ou 500 unidades por ml. Para a correção deve-se enviar um relatório da pesquisa a entidade fornecedora ou ao responsável por alguma fonte de abastecimento, dos resultados obtidos e se necessário juntamente com um guião das medidas a serem desencadeadas. Essa actividade deve ser feita com um auxilio  das autoridades sanitárias.

Entre varias medidas a serem levadas a cabo inclui as de baixo custo o esvaziamento das cisternas para a limpeza, pelo menos duas a três vezes por ano, o tratamento nas famílias (fervura, uso de javel ou certeza) seguindo todos procedimentos recomendados.
                                                                       
                                                                           Por Noraldino nuva

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[1] http//medicinanuva.blogspot.com