Parasitas
São
organismos
que vivem em associação com outros dos quais retiram os meios para a sua
sobrevivência, normalmente prejudicando o organismo hospedeiro,
um processo conhecido por parasitismo.
As parasitoses mais
comuns em Moçambique são:
- Giardiase (Giardia lamblia)
- Ascaridiase (Ascaris
lumbricóides)
- Estronguiloidiase (Strongyloides
stercoralis)
- Ancilostomiase (Ancylostoma
duodenale)
- Teniase (Taenia solium e
Taenia saginata)
- Tricuríase (Trichuris
trichiura Tricocefalíase)
- Amebiase (E. Histolytica)
- Equinococose (Equinococo)
- Oxiuriase (Oxiurus
vermiculares Oxiuríase ou Enterobíase)
Suspeita de parasitoses:
Suspeite de uma parasitose se o doente vier com os seguintes sinais e
sintomas:
- Diarreia crónica
- Desconforto abdominal crónico
- Anemia crónica
- Anorexia
- Distensão abdominal
- Náuseas
- Astenia
- Prurido anal nocturno
- Perda de peso
DESCRIÇÃO DAS PARASITOSES
Ø Giardiase (Giardia lamblia)
É uma infecção de transmissão fecal-oral e atinge principalmente a porção
superior do intestino delgado.
Ciclo de vida
Os cistos excretados nas fezes de indivíduos infectados ou portadores
sobrevivem por várias semanas a meses no ambiente, podendo ser ingeridos
através de água ou alimentos contaminados. No duodeno transformam-se em
trofozoítos, onde se multiplicam e se fixam na mucosa, causando inflamação que
pode ser sintomática (principalmente nos imunodeprimidos) ou assintomática, na
maior parte dos indivíduos.
Quadro clínico
Após 1 a 3 semanas de incubação, a infecção sintomática pode
apresentar-se através de diarreia acompanhada de dor abdominal (periumbilical),
e sintomas constitucionais como fraqueza, anorexia, náuseas, vómitos e por
vezes artralgia. Ao exame físico pode-se identificar distensão abdominal e por
vezes algum desconforto à palpação.
Quando a infecção por este protozoário se torna crónica, ela geralmente
apresenta sintomas como fezes amolecidas e gordurosas, distensão abdominal,
flatulência e anorexia (que pode gerar perda de peso e anemia).
Diagnóstico
O diagnóstico é feito através da visualização de quistos no exame a
fresco das fezes . Deve-se solicitar 3 amostras em dias alternados para aumento
da sensibilidade diagnóstica.
Tratamento
O tratamento medicamentoso deve ser feito somente em pacientes
sintomáticos
·
Metronidazol
Adultos: 2 g de preferência numa toma única ou,
alternativamente 500 mg de 8/8 h durante 5 dias.
Ø Ascaridiase (Ascaris lumbricóides)
A ascaridiase é causada pelo Ascaris lumbricóides, popularmente
conhecido como lombriga. É a helmintíase de maior prevalência no mundo
acometendo cerca de 30% da população mundial. Em Moçambique é a parasitose mais
frequente (65.8% de prevalência).
Ciclo de vida
Os ovos ingeridos através de água e alimentos contaminados eclodem no
intestino delgado e liberam larvas, que logo penetram nas paredes intestinais,
mergulham na corrente sanguínea e seguem nela até os pulmões. Nos pulmões, as
larvas desembarcam e passam a percorrer as vias respiratórias até atingir a
traqueia e a faringe onde são deglutidos e descem até chegar de novo ao
intestino delgado, onde em 60 dias se tornam sexualmente activas e começam a
reprodução.
Quadro clínico
Os sintomas geralmente ocorrem quando há uma infecção mais numerosa de
vermes ou larvas, ou localizações migratórias anómalas. O verme adulto provoca
manifestações clínicas inespecíficas, como desconforto ou cólicas abdominais,
náuseas e carências nutricionais.
A semi-obstrução intestinal por Ascaris lumbricóides é um quadro
grave, ocorrendo geralmente em desnutridos e deve ser referida. O paciente
apresenta cólicas, distensão abdominal, anorexia, vómitos biliosos,
desidratação e, às vezes, diarreia no início do quadro. É comum eliminar os
vermes pela boca, pelas narinas ou pelo ânus, antes ou durante o quadro
clínico. Ao exame físico, palpa-se massa cilíndrica na região periumbilical ou
próximo aos flancos. Quando ocorre oclusão intestinal total ou íleo adinâmico,
os ruídos hidroaéreos desaparecem, pode ocorrer isquemia das alças intestinais,
necrose, perfuração ou volvo do intestino.
Figura 2. Ascaris lumbricoide.
A passagem de larvas pelos pulmões pode induzir um quadro de pneumonite
larvária (síndrome de Löeffler), na qual o paciente apresenta sintomas
respiratórios.
As complicações que podem ocorrer por migração do ascaris são:
·
Apendicite;
·
Pancreatite
hemorrágica (obstrução da ampola de Vater e do ducto de Wirsung);
·
Colestase e
colangite (obstrução da ampola de Vater e árvore biliar);
·
Abcesso hepático
(ascensão dos vermes para o interior do parênquima hepático);
·
Asfixia
(obstrução de vias aéreas ou cânula traqueal).
Estas complicações são indicação para transferência para um nível
superior.
Figura 3. Ascaris saindo pelas narinas e boca.
Diagnóstico
O diagnóstico faz-se através da visualização de ovos de ascaris nas fezes
ao microscópio. Também pode-se observar uma eosinofilia no hemograma, e
infiltrado parenquimatoso grosseiro e esparso à radiografia do tórax,
correspondente à pneumonite larvária.
No caso de obstrução intestinal por ascaris, a radiografia do abdómen
pode revelar a imagem típica da obstrução intestinal mecânica, a área de
obstrução (enovelamento dos vermes), sinais de perfuração intestinal e níveis
hidroaéreos no intestino delgado.
Tratamento
Forma intestinal
não oclusiva:
·
Albendazol
comprimidos de 400mg
·
Efeitos secundários: Ocasionalmente
provoca distúrbios gastrointestinais (náusea, diarreia, dor abdominal),
cefaleia e tontura. Podem ocorrer reacções adversas devido a resposta
inflamatória acentuada induzida pela libertação de antígenos após a lesão
ou morte do parasita. ex. hepatotoxicidade reversível, diplopia, HTA, hipertensão
intracraniana, convulsões.
·
Contra-Indicações: Gravidez.
·
Notas e precauções: Os comprimidos podem ser deglutidos, mastigados ou esmagados e
misturados com alimentos. Recomenda-se ingerir com alimentos ricos em lípidos.
Nos tratamentos prolongados fazer o controlo periódico do hemograma
·
Interacções medicamentosas: Carbamazepina e fenitoína podem diminuir os efeitos
do albendazol; cimetidina pode aumentar os níveis de albendazol.
OU
·
Mebendazol
comprimidos de 100 mg: 100 mg de 12/12 horas durante 3 dias.
·
Efeitos Secundários: No geral bem tolerado. Ocasionalmente distúrbios gastrointestinais transitórios, cefaleia e raramente
reacções alérgicas e neutropenia reversíveis.
·
Contra-Indicações: Antecedentes de hipersensibilidade ao mebendazol e no primeiro trimestre da gravidez.
·
Notas E Precauções: Administrar de preferência no intervalo das refeições. Nas infestações maciças sobretudo por Ancylostoma e
Enterobius convém repetir um novo ciclo
de tratamento passadas 2-4 semanas. Na ascaridíase pode-se usar como esquema alternativo uma dose única
de 500 mg
·
Interacção
medicamentosa: A administração concomitante com carbamazepina pode diminuir a eficácia; a
dexametasona, cimetidina e praziquantel podem aumentar a toxicidade.
Oclusão intestinal
e Sindrome de Loefler (pneumonite larvária):Refira para o médico.
Ø Estrongilóides (Strongyloides stercoralis)
Trata-se de uma doença parasitária intestinal, frequentemente
assintomática, causada por Strongyloides
stercoralis
Ciclo de vida
Este parasita vive no intestino delgado humano mas também pode ter vida
livre e procriar na terra. As larvas saem de um hospedeiro junto com as fezes e
entram em outro pela pele dos pés. São carregadas pela corrente sanguínea até a
região dos pulmões, invadem a traqueia, migram para o trato digestivo e se
instalam no intestino delgado para amadurecer e produzir ovos.
Quadro clínico
A estrongiloidíase pode ocorrer de forma assintomática, oligossintomática
ou grave.
Na forma intestinal, são descritas manifestações como anorexia, náuseas,
vómitos, distensão abdominal, dor em cólica ou queimação, muitas vezes no
epigástrio (síndrome pseudo-ulcerosa), diarreia secretora ou esteatorreia,
desnutrição protéico-calórica.
A dermatite larvária pode ocorrer nos pés, mãos, nas nádegas ou na região
anogenital, locais onde as larvas penetram. A pneumonite larvária é menos
frequente que na ascaridíase.
A estrongiloidíase disseminada ocorre em pacientes imunodeprimidos, e é
um quadro grave e com alta mortalidade As larvas infectantes migram para o
fígado, pulmões e inúmeras outras vísceras e glândulas, geralmente originando
bacteremia, pois carregam consigo as enterobactérias intestinais. Os pacientes
apresentam sintomas intestinais, respiratórios e de sépsis ou meningite.
Diagnóstico
O diagnóstico pode ser feito pelo achado de larvas no exame de fezes. O
hemograma revela eosinofilia.
Tratamento
O tratamento deve ser
·
Albendazol comp.
400 mg: 400 mg 2x/dia, durante 3 dias consecutivos. Pode se repetir o
tratamento passadas 3 semanas.
Ø
Ancilostomiase (Ancylostoma
duodenale)
É uma parasitose intestinal causada pelo Ancylostoma duodenale e/ou
pelo Necator americanus.
Ciclo de vida
São geo-helmintos (vivem no solo) com morfologia e mecanismos
fisiopatológicos semelhantes, porém o ancilostoma é mais virulento. A forma infectante (larva filarióide) penetra
na pele do hospedeiro em contacto com o solo, e por via linfática ou venosa chega
até os pulmões. A partir dos alvéolos, ascende pela árvore respiratória até a
faringe, e é então deglutida. No caminho para o intestino delgado transforma-se
no verme adulto. Na espécie A. duodenale, a transmissão pode ocorrer
também por ingestão da larva filarióide, sem necessidade de penetração pela
pele ou ciclo pulmonar.
Os ancilostomídeos adultos se fixam na mucosa do duodeno e jejuno e sugam
o sangue da mucosa. Cada exemplar adulto ocasiona para o hospedeiro a perda
diária de 0,05 a 0,3 ml de sangue. Na espécie do N. americanus esta
perda é menor, na ordem de 0,01 a 0,04 ml por dia.
Transcorrem geralmente 35 a 60 dias desde a infecção até o início da
eliminação de ovos pelas fezes.
Quadro clínico
Na maioria das
vezes a infecção é assintomática. O quadro clínico dependerá do número e
virulência dos vermes e do estado nutricional (principalmente reservas de
ferro) do hospedeiro.
Na fase aguda do parasitismo intestinal pode ocorrer epigastralgia,
náuseas, vómitos, polifagia, flatulência e diarreia, e na fase crónica, os
sintomas apresentados são associados à anemia ferropriva (anorexia, fraqueza,
cefaleia, sopro cardíaco, palpitações). Pode também haver hipoproteinemia e
edema por enteropatia perdedora de proteínas.
Após a infecção por via cutânea, pode ocorrer dermatite larvária, com a
presença de prurido, eritema, edema e erupção papulovesicular.
A pneumonite larvária é descrita, mas menos intensa que na infecção por
ascaris.
Diagnóstico
O diagnóstico é feito por meio de achado de ovos de ancilostomídeos no
exame parasitológico de fezes. O hemograma revela eosinofilia, e o teste de
sangue oculto nas fezes costuma ser positivo.
Tratamento
O tratamento é feito com mebendazol ou albendazol, e as doses são as
mesmas usadas para o tratamento da ascaridíase. Nas infestações massivas, está
indicada a repetição do tratamento passado 15 a 28 dias.
A anemia geralmente responde ao tratamento com
sulfato ferroso oral, e raramente é necessária a transfusão.
Ø Teníase
/Cisticercose (Taenia solium e Taenia saginata)
A teníase é causada
pela ingestão de carne de porco mal cozida, contaminada pelo cisticerco (forma
larvária) da T. solium e pela
ingestão de carne de boi mal cozida contaminada pelo cisticerco da T. saginata.
Ciclo de vida
As ténias são
vermes achatados dorso-ventralmente e chegam a medir 3 a 10 metros, sendo a T.
saginata a mais longa. A cabeça ou escólex se fixa à mucosa do jejuno ou
duodeno. A ténia é hermafrodita, e vive solitária no intestino do homem. O
corpo é formado por anéis ou proglotes, os distais são maduros e repletos de
ovos (30 a 80 mil). Os proglotes podem ser eliminados íntegros ou se rompem
eliminando os ovos nas fezes. Estes ovos contaminam os pastos e são ingeridos
pelos animais (hospedeiros intermediários), e migram para o tecido conjuntivo
dos músculos, onde formam o cisticerco. O homem se contamina pela ingestão de
carne contendo esses cisticercos. São necessários mais de 3 meses para que
sejam liberados via anal os proglotes maduros.
O grande problema da
T. solium é quando o homem se torna o hospedeiro intermediário. Isto
ocorre pela ingestão de ovos do meio externo ou pela auto-infecção, na qual os
proglotes liberam os ovos no lúmen intestinal e estes liberam a larva,
ocorrendo então, a migração por via circulatória para órgãos distantes, sendo
que a afecção encefálica neurocisticercose
é a mais perigosa.
Quadro clínico
A teníase é na
maioria dos casos assintomática. Alguns sintomas são atribuídos a essa
parasitose intestinal: fadiga, irritação, cefaleia, tontura, polifagia,
anorexia, náuseas, dor abdominal, perda de peso, diarreia e/ou constipação,
urticária. Raramente ocorre semi-oclusão intestinal, apendicite, colangite ou
pancreatite, devido a obstrução dos respectivos segmentos intestinais e ductos
pelo parasita.
Diagnóstico
O diagnóstico da
teníase faz-se pelo achado de proglotes nas fezes ou nas roupas íntimas ou
lençóis. Eosinofilia no hemograma.
Tratamento
Pode ser feito com
prazinquantel ou albendazol.
·
Praziquantel comprimido 600 mg, na dose de
10 mg/kg numa dose única.
·
Albendazol 400mg durante 3 dias
consecutivos.
Ø Tricocefalíase ou
Tricuríase (Trichocephalus
trichiurus)
É uma doença
causada por Trichocephalus trichiurus, ou Trichuris trichiura. É
comum em regiões tropicais e está associada a más condições de higiene.
Ciclo de vida
Os ovos são eliminados nas fezes e
tornam-se infectantes após cerca de 15 dias. O homem ingere os ovos, que sofrem
acção dos sucos digestivos e libertam as larvas. O verme adulto mede cerca de 3
a 5 cm, fixa-se à mucosa intestinal distal (íleo, intestino grosso) provocando
erosões e ulcerações múltiplas. Cada verme ingere até 0,005 ml de sangue por
dia.
Quadro clínico
Geralmente, a
infecção é assintomática ou acompanhada de manifestações leves. Nas infestações
massivas, com compromisso do intestino grosso, do ceco ao recto, podem surgir
sintomas como distensão abdominal, diarreia crónica por vezes acompanhada de
sangue, prolapso rectal e posterior, sintomas associados à anemia ferropriva e
à desnutrição protéico-energética.
Diagnóstico
O diagnóstico é
feito pela identificação de ovos nas fezes.
Na trichiuríase
maciça, a rectossigmoidoscopia (endoscopia rectossigmóide) permite visualizar
inúmeros vermes fixados à mucosa hiperemiada e friável, que sangra facilmente
ao toque.
Tratamento
O tratamento pode
ser feito com:
·
Albendazol 400 mg em dose única. Pode-se
repetir a dose passadas 3 semanas se necessário (na infecção massiva pode-se
dar esta mesma dose durante 3 dias consecutivos) ou
·
Mebendazol 100 mg de 12/12 h durante 5 dias
Ø Oxiuríase ou
Enterobíase (Enterobius
vermiculares ou Oxiurus vermiculares)
É causada pelo Enterobius
vermiculares ou Oxiurus vermiculares.
Ciclo de vida
A fêmea fecundada
migra para a região anal onde faz a postura dos ovos. Sua presença nesta região
causa intenso prurido. O homem é o único hospedeiro e sua transmissão ocorre de
pessoa a pessoa, ou pela auto-infecção (ingestão de ovos a partir das mãos
contaminadas). Os ovos ingeridos liberam as larvas no intestino e estas se
fixam no cólon. O ciclo é de 30 a 50 dias até a evolução para a forma adulta.
Quadro clínico
O sintoma mais
frequente é o prurido anal nocturno. No sexo feminino pode ocorrer a migração
dos vermes para a genitália, levando a vulvovaginite secundária, com corrimento
amarelado e fétido. Outros sintomas descritos são cólicas abdominais, náuseas e
tenesmo.
Diagnóstico
O método do swab
anal ou da fita gomada é o mais eficiente para diagnosticar essa parasitose.
Tratamento
O tratamento pode
ser feito com mebendazol ou Albendazol.
O tratamento deve
ser repetido após 15 dias para controlar a re-infecção. É importante tratar
toda a família (indivíduos que moram na mesma casa), escovar as unhas pela
manhã e todas as vezes que for a casa de banho, lavar e passar as roupas de
cama e íntimas no primeiro dia de tratamento.
Ø Equinococose (Echinoccocus)
A equinococose é
uma doença causada pela ingestão acidental de larvas dos Echinoccocus granulosus, originando quistos hidáticos nos órgãos
afectados. O Echinoccocus multiloculares
causa uma forma mais grave que afecta principalmente o fígado, denominada
equinococose alveolar.
Ciclo de vida
Após a ingestão de
ovos, estes são dirigidos ao intestino delgado, onde ocorre eclosão das larvas
(hidátides). Estas por sua vez invadem a mucosa intestinal, penetram na
circulação sanguínea e passam a parasitar órgãos (como fígado, pulmão,
cérebro), resultando na formação dos quistos hidáticos.
Quadro clínico
Após infecção, o
quadro clínico inicialmente é assintomático, já que os cistos são ainda
pequenos. Se continuarem a crescer podem, depois de alguns anos (até quinze),
causar problemas nos órgãos afectados, principalmente se forem em número
considerável.
A forma hepática é
caracterizada pela dor no hipocôndrio direito, hepatomegalia, e possivelmente
icterícia.
A forma pulmonar
pode se manifestar com tosse, dor torácica, dificuldade respiratória.
A forma cerebral
representa um elevado risco de vida, dependendo da área afectada cursa com
problemas neurológicos (sinais focais, convulsões), ou até distúrbios de
personalidade.
Diagnóstico
O diagnóstico é pela
observação dos cistos nos exames imagiológicos (ecografia, TCA
Tratamento
O tratamento só é possível com a excisão
cirúrgica dos cistos. Se esta não for possível, a administração a longo prazo
de antiparasitários como o mebendazol pode não curar, mas melhora o
prognóstico.
PREVENÇÃO E TRATAMENTO MASSIVO DAS PARASITOSES
Prevenção
A prevenção deve
corresponder à maior parte dos esforços despendidos para o controle das
parasitoses, principalmente por nos encontrarmos num país com condições
propícias à propagação destas patologias. Com base no conhecimento das formas
de transmissão e propagação das parasitoses, algumas medidas básicas são
recomendadas, a saber:
- O tratamento adequado das fezes (uso correcto de latrinas e
sanitas).
- O tratamento adequado da água (clorar ou ferver por 5 min).
- O tratamento adequado dos alimentos (lavar, armazenar em sítios
frescos e limpos, cozinhá-los bem).
- Os hábitos de higiene (lavar as mãos antes de comer e depois de usar
a casa de banho, tomar banho com água e sabão pelo menos 2x por dia).
- A eliminação de vectores (clorar as águas dos poços, desparasitar os
animais domésticos).
- Desparasitação regular nas áreas endémicas para evitar a
reinfestação (de 6 em 6 meses).
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