Africanismo,
heriditariedade ou mera coincidencia???
Por
volta das 12h do dia 11/02/15, aparece
no meu sector de actividades no distrito de Homoine onde estou afecto como
profissional de saúde (técnico de Medicina Preventiva e Saneamento do
Meio), uma senhora dos seus querenta
anos e pouco acompanhada por uma criança de dois anos de idade que na primeira
impressão aparenta ter sofrido um acindente fisico que a levasse a amputação do
seu braço esquerdo.
‘’
Bom dia mae’’, dirigi-me a ela e respondeu em lingua local ( xitsua) ‘’bom
dia’’, apresentou-me uma receita que pedia uma vacinação anti-tetánica, eu perguntei
a ela o que se tinha passado ao ponto de vir receber uma vacina anti-tetánica,
ela respondeu que havia sido alvejada por um material puntiforme (na minha
cabeça pensando que vinha terminar a dosagem daquela criança que supostamente
sofrera acidente).
Apliquei
a vacina e curiosamente perguntei-lhe: mãe, é sua filha essa? ela respondeu que
sim, ai questionei o que havia
acontecido com o braço dela, e ela me responde assim: O pai do meu esposo, era
um grande agricultor, durante as suas actividades da machamba terá sofrido um
acidente de trabalho, foi mordido por um burro o que levou a amputação do seu
braço direito (casos não muito raros nessas bandas da província de Inhambane),
isso antes de me casar com aquele que viria a ser meu esposo. Após meu
casamento engravidei e, numa das passeadas de reconhecimento do território do
meu sogro, o meu esposo mostrou-me uma machamba muito grande (por ai 2
hectares) de culturas diversas, ai eu exclamei ao meu marido, essa machamba
toda seu pai cultivou naquela condição em que se encontra!, o meu marido disse
sim que havia o feito (...)
Passados
os nove meses de gestação, para meu azar ou sorte, nasci um bebé de sexo
feminino com apenas um braço e aquele que seria o segundo estava a metade como
se tivesse sido amputado igual ao do seu avô.
Tristeza
por um lado (da mãe e da familia dela) alegria doutro (por parte do esposo e do
seu pai) afinal era uma prova de que o filho era de casa e que havia saído o
seu avô (pelo menos a família do marido e ele pensaram asssim).
O que diz a ciência
sobre isso?
Num
contraverso entre o Lamark e Charles Dawin, em que o Lamark defendia que os seres
vivos adaptam-se as condições do meio ambiente e que essas caratecristicas
adquiridas são heriditarias e passam de
geração em geração, porém, o Dawin, dizia que os as caractristicas adquiridas
no mio ambiente jamais serão heriditárias, porque essas não constam no material
genético do tal ser vivo e que todas caractéristicas com que um ser vivo nasce
resultam de uma pré-disposição dos seus projenitores.
Ao
abrigo de uma ou outra tese, nenhuma justifica o caso acima descrito (...) ora
vejamos:
O
sogro sofreu acidente apois ter procriado o seu filho que viria a ser o marido,
‘’o problema’’ vem repercurtir-se no seu neto, numa outra vertente, se o
acidente tivesse ocorido antes de o marido nascer, pensaria-se numa possibilidade
de ter sido heriditário, nesse caso, os apologistas da teoria de Lamark teriam
um suporte. Como um caso por exemplo de, se numa familia existe pelomenos um
individuo que sofre de acromia (albinismo), se seus descedentes não herdarem
essa caratcetristica, pelomenos um dos netos provavelmente poderá nascer um
filho com essa anomalia (embora albinismo não seja uma característica adquirida
no meio ambiente, mas sim resulta de um erro genético).
Entretanto,
indo na tese de Charles Dawin, tudo não faz sentido, ia-se entao pensar numa
mera coincidência de aconteciementos, também numa posssibilidade de ser ‘’coisa
africana’’ tal como afirma a mãe da Bilda na seguinte citaçao: ouvia dizer com
meus pais que quando você admira uma coisa durante a gestação (gravidez), a
probabilidade de nascer um filho com aquelas características das quais se
admirou são maiores, agora não me restam dúvidas, aqui está a prova viva.
Casos
dessas natureza são incomúns na sociedade (pelomenos moçambicana), todavia,
porque já existe um conhecido, cabe ao leitor tomar uma posição da situação e
deixar seu contributo correlação a matéria...
Por
Noraldino Nuva!
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