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sexta-feira, 8 de novembro de 2024

Tipos e modelos de caixas isotérmicas em uso no Programa Alargado de Vacinação - PAV


As caixas isotérmicas, também conhecidas por colmans, são parte integrante do equipamento da cadeia de frio em uso no Programa Alargado de vacinação – PAV  e em outros que os seus produtos carecem de conservação especial, como as farmácias e laboratórios.


Geralmente, estas caixas são feitas de material que permitem a conservação de temperatura desejada no seu interior, sem necessariamente influencia do ambiente externo. Maioritariamente, estas caixas são feitas de material como o plástico combinado à Polipropileno expandido (EPP) que é um material resistente, leve e com excelentes características isolantes. Também, são comuns as caixas feitas a partir do papel reciclado que é um material utilizado na produção de embalagens isotérmicas ecológicas e 100% recicláveis, com uma cobertura exterior de papel de barreira.

 

Outro modelo a destacar, são as caixas conhecidas como caixas de isopor feitas a partir do poliestireno expandido (EPS) que quimicamente são compostas de 98% de ar e 2% de petróleo.

Existem outros modelos embora não muitos comuns no Programa Alargado de vacinação como as caixas feitas de Poliestireno extrudido que é  um material utilizado na produção de caixas isotérmicas, como a Lipbox, que é coberta com película de alumínio. A pouca circulação deste modelo pode estar associada ao seu alto custo de produção, embora estudos pilotos feitos indiquem ser mais eficientes sob ponto de vista do tempo que levam para a conservação de produtos que podem variar até 10 dias.

 

Antes de avançar para os tipos de caixas isotérmicas em uso no PAV, em Moçambique, é importante ressaltar que, a eficácia de qualquer dos modelos acima descritos, é associada a outros factores de relevo a saber: I - o uso de acumuladores (cubos de gelos) devidamente acondicionados; II – a embalagem das caixas que deve incluir fechar hermeticamente as tampas para não permitir a entrada do calor; III – o tipo de caixa para a quantidade de produtos a transportar, assim como o tempo conservação e viagem.



Tipos/modelos de caixas isotérmicas

 

1.     RCW 25

Este modelo de caixa, também conhecido como caixa de longas viagens, é usado para transporte de produtos, em especial vacinas cuja viagem pode variar de 5 à 7 dias, este modelo é muito eficaz para transporte de vacinas a longos cursos seja para rotina ou Jornadas Nacionais de Vacinação (JNV).




2.     RCW 12

Este modelo é geralmente usado para transporte de vacinas para viagens que durem ate máximo 4 dias, devido ao seu tamanho, não permite a colocação de grandes quantidades de acumuladores que possam garantir uma conservação duradoura de insumos. Comumente, estes modelos podem ser usados para situações de cadeia de frio rápida e para transporte de vacinas nas JNV a distâncias que o seu tempo de viagem não extrapole o previsto.







3.     IVC 3/Inalsa

Este modelo é o mais comum no Programa Alargado de Vacinação – PAV, constituindo hipoteticamente, acima de 90% de todos modelos existentes. A sua larga disponibilidade está associada à sua aplicabilidade no dia a dia do programa.  

Com capacidade para conservação de produtos por até 24h, este modelo é amplamente distribuído por ser de fácil manejo devido ao seu tamanho e poucas exigências em termos de acumuladores de gelo que leva simplesmente 4.

Normalmente, estas caixas são usadas para os postos fixo de vacinação (PF) e brigadas moveis (BM) na rotina do programa; também são usadas nas JNV pelas equipas de campo. É crucial lembrar que a sua eficácia pode estar associada ao seu manuseio, considerando a quantidade de vezes que a caixa e aberta e fechada, este e outros factores podem influenciar no tempo que levam com temperatura interna adequada.






4.     RCW 2

Também chamadas de caixas de mesa, estes modelos são usados nas mesas de vacinação, e levam pequenas quantidades de vacinas para a sessão de vacinação, com reabastecimentos irregulares de acordo com as necessidades do local, nota que, em norma do PAV, este modelo não deve ser usado como o único na mesa de vacinação, deve ser acompanhado pelo modelo IVC 3 o qual irá albergar a maior quantidade da vacina de acordo com a necessidade diária e é retirada pequena quantidade para a RCW 2 ao longo do dia, isto deve – se a fraca capacidade de conter a temperatura interna, não apenas pelo facto de levar apenas um acumulador, mas também devido as inúmeras vezes que a caixa é aberta durante as sessões de vacinação. 






    5. Outros modelos

Existem vários outros modelos de caixas isotérmicas em circulação no PAV, muitos deles são eventuais, pode se destacar as caixas descartáveis fabricadas a partir da composição química do ar e petróleo (isopor) que geralmente são usadas para transporte de vacinas do fabricante até ao receptor primário (Armazém Central) são em norma de uso único.

Ainda no programa, durante as JNV é comum o uso de caixas denominadas de Chuta polio, também feitas de isopor, são aplicáveis para as equipas de campo devido a seu baixo peso e quantidade de acumuladores de gelo que suporta.




#Noraldino Nuva